FUTEBOL CLUBE DA LÉGUA

quarta-feira, abril 18, 2007

Finalizado este dia a direcção do F.C Légua agradece a todas as pessoas que directa ou indirectamente contribuiram para o sucesso deste evento. MUITO OBRIGADO

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LOCALIZAÇÃO

O FC Légua está localizado na freguesia de Varzéa de Ovelha e Aliviada, concelho de Marco de Canaveses.

Esta localidade resultou da junção de duas povoações há mais de um século e é, presentemente, uma das maiores freguesias do Concelho. Em termos de Património histórico, o Castro do Pinheiro, a Igreja Matriz de Várzea de Ovelha datada do século XV e de arquitectura românica, o Solar do Cabo dos Condes de Leiria do século XVII, com capela dedicada a S. João Baptista, a Casa do Pinheiro, o Solar das Nogueiras e a Casa da Botica são os destaques desta freguesia. Com efeito, juntamente com os seus parques naturais, o rio Ovelha e o rio Tâmega, e as actividades de caça e pesca, o espólio monumental da freguesia poderia ser aproveitado para fins turísticos. Neste aspecto Várzea de Ovelha e Aliviada tem recantos de aldeia rural com valor patrimonial único que devia estar melhor preservado e mais divulgado. E claro, foi em Várzea de Ovelha e Aliviada que nasceu Carmen Miranda, a “Pequena Notável”. A casa onde nasceu e viveu até partir para o Brasil com a família ainda existe.

MARCO DE CANAVESES

A denominação de Marco de Canaveses é etimologicamente constituída pelo Marco e Canaveses, sendo Marco a parte nova e Canaveses a parte velha. A denominação Marco parece derivar de um marco de pedra que servia para limitar as freguesias de Fornos, São Nicolau e Tuías. Quanto a origem de Canaveses, existem explicações diferentes. Dizem uns que Canaveses deriva de Tamacanae-Via, nome de estrada romana que vinha do Porto até esta povoação e que, à falta de outro nome, se começou a chamar Tamacanae-Via e os seus habitantes tamacanavienses. Por comodismo e mais facilidade de pronúncia, foi com o decorrer do tempo reduzida para canaviense e depois para Canaveses, que passou também a designar a própria povoação. Existem, também, os que supõem o topónimo Canaveses derivar da cultura do cânhamo ou linho canave ou canaveses. Como se dizia no português antigo, outrora abundante nesta região, do que se originaram topónimos idênticos (Cambezes e Cavez). Há também quem parta de uma lenda para explicar a origem de Canaveses, segundo a qual, “ andando D. Mafalda a passear certo dia à beira rio, observando as obras da ponte e distraindo-se com esse movimento e mergulhar das águas, lhe sobreveio uma grande sede, uma intensa vontade de beber água. Parece que, ao tempo, ainda por ali não havia as fontes de hoje, porque queixando-se da intensa sede que sentia e não sendo possível conseguir de pronto água para lha saciar, um dos artistas pedreiros, indagando se à rainha não repugnaria a água do rio (e não repugnava porque a sede era muita) ofereceu-lhe uma cana já preparada para o efeito, que ela aceitou e com a qual bebeu da água do rio. No fim, satisfeita, devolveu a cana ao artista dizendo: “Guardai-a, porque a cana é boa às vezes.”Assim começaram a chamar a este sítio cana-boa-às-vezes, simplificando até Canaveses. Foram estas as versões que chegaram até aos nossos dias a respeito da etimologia desta linda cidade de Marco de Canaveses, situada entre o Douro e o Tâmega, onde começa o Marão. Marco de Canaveses foi eleito concelho em 1852, por decreto de 31 de Março, quando reinava D. Maria II. Na sua criação teve grande influência o comissário da polícia do Porto, deputado da Nação e Governador Civil de Bragança, Adriano José de Carvalho e Melo, um dos maiores políticos destas regiões, o qual foi o primeiro administrador do novo concelho, tendo-o sido antes do de Soalhães. Nessa altura o concelho de Marco de Canaveses passou a abranger os concelhos de Bem-Viver, Canaveses, Soalhães, Portocarreiro, parte dos de Gouveia e Santa Cruz de Riba Tâmega, ficando, por consequência, dentro dos seus limites as sedes dos velhos coutos de Alpendurada, Tabuado, Torrão, Tuías, Vila Boa do Bispo e Vila Boa de Quires.

CARMÉN MIRANDA

Maria do Carmo Miranda da Cunha – imortalizada e mundialmente conhecida pelo nome artístico de Carmén Miranda, nasceu em 9 de Fevereiro de 1909, no local – Casa da Obra Nova, lugar de Uveirinhas freguesia de Várzea de Ovelha e Aliviada. Criança ainda foi para o Brasil com os seus, José Maria Pereira de Cunha e Maria Emília Miranda que para lá foram em demanda duma vida melhor. No Brasil e a partir dele, Carmén Miranda conheceu o sucesso, a fama e a glória que se prolonga e prolongam para além da sua vida. Em 1947, casou com o cidadão norte americano de origem judaica, David Sebastien, não tendo geração. Apesar desse casamento não ter sido como era natural de permanente idílio, nunca houve separação tão vulgar na classe dos artistas. A despeito da dupla nacionalidade que o matrimónio lhe trouxe e da sua radicação no Brasil, Carmén Miranda nunca optou por se naturalizar, manteve-se fiel à pátria que lhe foi berço, é portanto, Marcoense e Portuguesa. É sem dúvida a figura de maior projecção que nasceu no Marco de Canaveses. Extravagante, criadora, irrequieta, por vezes maliciosa e até brejeira, Carmén abarcou todos os estádios da sua arte, desde artista de “Café Concerto” a actriz, passando por atracção da Rádio (e depois da T.V) a bailarina e cantora. Em 5 de Agosto de 1955 na sua casa da Califórnia o seu coração traiu-a. Com 41 anos, quando muito mais podia dar ao mundo do espectáculo, finou-se essa mulher franzina que fez delirar as mais exigentes plateias das Américas e da velha Europa.

GASTRONOMIA

No capítulo das especialidades culinárias da terra destaca-se o arroz do forno e anho, ou cabrito assado. Uma especialidade que é feita nos melhores restaurantes da cidade. Sendo esta a especialidade gastronómica do Concelho foi criada a Confraria do Arroz do Forno e Anho Assado, que conta a participação de vários restaurantes da cidade, e com o apoio da Câmara Municipal de Marco de Canaveses. Para além desta especialidade existem outras mais, tais como Verde (confeccionado com vísceras e sangue rês morta), a Sopa Seca ( uma espécie de rabanadas só que feitas em forno caseiro) e para terminar nada melhor que um doce regional os “Doces do Freixo”, que já são fabricados desde o século XVIII, na freguesia do Freixo, no Lugar dos Lenteirões.

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